segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O conceito de Pulsão em Freud

Por um bom tempo, alguns anos talvez, (rs) decidi dedicar meus estudos e minha tese de mestrado ao conceito de Pulsão fazendo uma interlocussão entre os ensinamentos de Freud e Lacan. Tal questionamento surgiu a partir de uma aula em que Amélia Imbriano, minha renomada orientadora dizia sobre a ética e a responsabilidade do analista na direção e na cura do tratamento de um paciente, ora pois, um analista não pode dirigir a vida de seu paciente, nem mesmo na vida de seus próprios filhos, porém precisa com comprometimento dirigir a cura, o tratamento, tal resposabilidade remete há muitos conceitos em psicanálise, tais como a técnica, o diagnóstico diferencial e a ética da verdade, haja vista que contabilizar, fazer cortar, cifrar um discurso inconsciente é tarefa árdua e precisa. O questinamento que indaga em si, é, como frear, dirigir a pulsão? Se por um lado o conceito de pulsão indica um impulso, uma força oriunda do próprio organismo,  um fator interno que leva o sujeito a um movimento pulsional, a uma satisfação por intermédio de um objeto trazendo alívio ao sujeito, uma descarga de tensão. E por outro lado a pulsão é também um movimento pulsional em direção a um fim. Ou seja o mesmo impulso que leva o sujeito a satisfação de seus desejos é o mesmo impulso que leva a um fim? Ao analizar a obra freudiana em um longo percurso consegue-se perceber que desde o início, no Projeto, Freud já dizia subliminarmente de um conceito monista de pulsão. 
Lancem suas opiniões, vamos discursar?