sábado, 6 de agosto de 2011

Fracasso escolar: um novo sintoma?


Fracasso escolar: um novo sintoma?


Daniele Baggio da Silva*
Luciana Regina Prado Garcia Mariano*
















FRACASSO ESCOLAR: UM NOVO SINTOMA?

Ou Isto ou Aquilo Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva! Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva! Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares. É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares! Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro! Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo. Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Ou Isto ou Aquilo, Cecília Meirelles.

Resumo

O presente artigo tem por objetivo repensar os fenômenos que envolvem a “Dificuldade de Aprendizagem” fazendo uma leitura psicanalítica de uma intervenção efetuada por um grupo de estagiárias durante o 3º ano (ano letivo de 2005), do curso de Psicologia da UNIGRAN (Centro Universitário da Grande Dourados), na cidade de Dourados-MS. Os sujeitos envolvidos nesta intervenção eram seis crianças com idade entre 6 e 10 anos encaminhadas ao NPU - Núcleo de Psicologia da UNIGRAN[1] com a queixa de dificuldade de aprendizagem. O interesse surgiu a partir do projeto realizado no NPU, semestralmente, sob a coordenação e orientação da professora, psicóloga e psicopedagoga, Adriana Sordi Lino. Este projeto se denomina “ATENDIMENTO A CRIANÇA COM QUEIXA DE DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM” e atende crianças da cidade de Dourados-MS, cadastradas no NPU por meio de encaminhamentos das escolas, do conselho tutelar ou busca individual. É certo que existem vários fatores que envolvem esta queixa, porém nenhum deles é capaz de abarcar toda problemática do fracasso escolar. Dessa forma, tais questões serão abordadas através da via do desejo, enfatizando a oposição ao saber, que se articula no inconsciente do sujeito e também a importância da transferência na relação ensino-aprendizagem.

Palavras Chaves: Dificuldade de Aprendizagem; Psicanálise; Transferência.
Abstract
Keywords:

I.                   Introducao
A dificuldade de aprendizagem juntamente com a indisciplina escolar vem sendo tratada pelo senso comum de “Fracasso Escolar”. Poder-se-ia dizer que o fracasso escolar seja o novo sintoma gerado pelo sistema educacional? Haja vista que através deste trabalho pode-se perceber que as crianças utilizam o fenômeno do desinteresse pela aprendizagem para denunciar certo mal-estar vivido no cotidiano escolar.
Em seu texto “Mal-estar na Civilização”[2], Freud aponta que os sofrimentos gerados ao homem, através da sua busca pela felicidade, podem ser resultantes do seu próprio corpo, do mundo externo e em especial do seu relacionamento com os outros. O mal estar na civilização pode ser representado pelo mal estar nos laços sociais, sendo que na escola isso fica evidente através da discriminação que ocorre quando uma criança não se encaixa nos padrões considerados normais pelas instituições de ensino.
Em função deste mal-estar dito, a demanda de crianças em clínicas psicológicas é intensa. Podemos perceber de forma clara esta questão no núcleo de psicologia da UNIGRAN, já que é alto o número de crianças que chegam apresentando a queixa de dificuldade de aprendizagem, visto que do total de crianças encaminhadas ao local, 60% apresentam esta queixa. No entanto, foi possível perceber durante a realização do diagnóstico que a maioria delas esta impedida de aprender em virtude de problemas emocionais.  
Por conta disto, o objetivo do trabalho desenvolvido com estas crianças foi detectar o que gera essa alta demanda e realizar uma intervenção psicológica utilizando jogos e brincadeiras psicopedagógicas que visam contribuir para o desempenho cognitivo, social e emocional da criança através do desenvolvimento do raciocínio e resgate da auto-estima, a fim de despertar nelas o prazer e o desejo de aprender.
No entanto, é necessário que não se faça uma leitura rasa do processo de escolarização e construção da inteligência da criança. Segundo Gardner (1994), deve-se levar em conta que a criança pode apresentar mais de um tipo de inteligência:
[...] Em certo sentido, ler abre o mundo. O estudo de Scribner-Cole nos relembra, porém, que devemos ser cuidadosos antes de supor que qualquer forma de educação necessariamente acarreta amplas conseqüências. E, de fato, quando consideramos as vastas diferenças entre uma escola rural e uma escola religiosa tradicional ou entre uma escola religiosa tradicional e uma escola moderna, parece claro que o tipo de escola faz uma diferença intelectual tão grande quanto o fato da escolarização em si. (GARDNER, 1994, p. 275 apud MRCEH, Internet, 2003)[3].
Segundo Leny Magalhães Mrech (Internet, 2003) tradicionalmente se pressupõe que o uso de brinquedos, materiais e jogos possibilitam o desenvolvimento do aluno já que estes não privilegiam apenas o pensamento lógico-matemático - que é o mais incentivado nas escolas, - mas também a socialização e o desenvolvimento emocional. Essa afirmação deve-se ao fato de acreditar-se que os conhecimentos de um tipo de Inteligência transitem facilmente para outro. (GARDNER, 1994).
Porém, segundo o mesmo autor, este processo não ocorre de forma natural e precisa ser desencadeado pelo professor. Semelhante a teoria de Vigotsky (1987) em que o professor seria o agente mediador do processo de aprendizagem, propondo desafios aos seus alunos e ajudando-os a resolvê-los, realizando com eles ou proporcionando atividades em grupo, em que aqueles que estiverem mais adiantados poderão cooperar com os demais.

II.                Procedimento
O projeto em questão teve início no ano letivo de 2004 e atende em média cento e vinte crianças por ano. Atualmente o projeto conta com a adesão do curso de Pedagogia e Matemática que fazem um trabalho conjunto com a Psicologia através do reforço escolar. O trabalho é desenvolvido por alunas do 3º ano do curso de Psicologia. As estagiárias são divididas em duplas e cada dupla atende grupos de no máximo oito crianças, levando-se em consideração a demanda existente no NPU.
No desenrolar do processo de atendimento, é realizado um psicodiagnóstico levando em conta a história de vida da criança, a aplicação de testes psicológicos, os familiares, o contato com a escola e outros profissionais, quando necessário. Além disso, é extremamente relevante as situações que envolvem todo o processo, visto que são resultantes da relação transferencial que se estabelece entre o grupo de crianças e as estagiárias.
Através dos jogos e brincadeiras é possível libertar a criança dos padrões rígidos que envolvem a ação de educar. Isso porque se acredita que a ação de educar não pode restringir-se a mera transmissão de saber, mas também a métodos dinâmicos e motivacionais. Além disso, essa ação não deve se prender a simples preocupação com as estruturas mentais, mas com a expressão do sujeito em sua totalidade através da convivência com o grupo. Segundo Leny Magalhães Mrech
 O educador já não se defronta com um processo linear de crescimento e desenvolvimento, tanto no desenvolvimento intrínseco como na expressão, mas com um realizar-se descontínuo no qual fases e períodos se entrecruzam, se opõem dialeticamente, oposições de que resulta uma nova estruturação. (MRECH, Internet, 2003).
Em virtude desse contexto afirmamos que jogar e aprender caminham paralelamente, possibilitando através do jogo e das brincadeiras observar prazeres, frustrações, desejos. Além disso, permite que se trabalhe com o erro a fim de articular a construção do conhecimento. Segundo Oliveira (2005), trabalhar o brincar permite a elaboração de um mundo de sentimentos e ações com significado sócio-afetivo novo e senso crítico. Podendo-se atribuir à atividade lúdica três funções: socializadora, na qual desenvolve hábitos de convivência; psicológica, podendo aprender a controlar seus impulsos; e, pedagógica trabalhando a interdisciplinaridade, a heterogeneidade, o erro de forma positiva, fazendo com que o indivíduo se torne ativo no seu processo de desenvolvimento.
Para Vigotsky, a origem das mudanças que ocorrem no homem, ao longo do seu desenvolvimento, está, segundo seus princípios, na Sociedade, na Cultura e na sua História. O referencial histórico-cultural apresenta uma nova maneira de entender a relação entre sujeito e objeto, no processo de construção do conhecimento. É na troca com outros sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais, o que permite a constituição de conhecimentos e da própria consciência. Trata-se de um processo que caminha do plano social - relações interpessoais - para o plano individual interno - relações intra-pessoais.

III.             Resultados
Os procedimentos adotados neste projeto têm duração de um semestre, sendo que neste período pôde-se perceber a evolução tanto cognitiva quanto afetiva das crianças deste grupo. Os pais foram unânimes quanto à evolução dos filhos obtidas a partir da sua participação no grupo, afirmando que as alterações positivas tanto em relação à aprendizagem quanto em relação ao comportamento junto às outras pessoas.
Mesmo a amostra tendo sido pequena, as doze crianças envolvidas, retratam os resultados positivos do projeto. E, embora sejam questões difíceis de serem avaliadas, pois envolvem situações subjetivas, podemos enfatizar alguns aspectos concretos como a diminuição do índice de reprovação e também o aumento do rendimento dos alunos em sala comprovados através de suas notas e da fala dos professores trazidas pelos pais.

IV.             Discussão
A partir dos resultados positivos obtidos com as crianças durante todo o processo e levando em conta a perspectiva psicanalítica, foi possível perceber que a aprendizagem não deve estar focada nos conteúdos, mas no campo que se estabelece entre professor e aluno, e isso pode favorecer ou não a condição para o aprender independente dos conteúdos.[4]
Segundo Freud (1914), podemos notar que o sujeito é influenciado pelo outro na busca de um saber mais elaborado, assim não é tanto a necessidade de saber que influencia o aluno e sim a relação transferencial com o outro[5].
Em casos específicos dentro do grupo de dificuldade de aprendizagem percebemos que há um não querer saber, ou seja, há um desejo de saber inibido. No texto “Algumas reflexões sobre a psicologia do escolar” (1914), Freud ressalta que a transferência tanto pode impulsionar o aluno como pode também bloqueá-lo definitivamente ao acesso a um desejo de saber. Para o autor o professor pode se fazer ouvir quando está revestido de uma importância especial para o seu aluno.
Levando em consideração a teoria lacaniana e seus conceitos de “Outro”[6] e de “Castração”[7], poder-se-ia dizer que é necessário que o Outro seja castrado, ou seja, que tenha a marca de falta de saber, pois na verdade o que o Outro deve transmitir é o seu desejo de saber.
Em seu livro A descoberta do inconsciente: do desejo ao sintoma[8] (QUINET, 2000), o autor aponta que Lacan estabeleceu uma relação entre o desejo baseado no reconhecimento (que para ele é desejo do desejo do outro), e o desejo inconsciente (que é a realização no sentido freudiano). Com isso, Lacan diferenciou o “desejo” da “necessidade” mais do que fizera Freud. Ou seja, o desejo de aprender pode ser inabalável, porém a necessidade é facilmente questionada. (LACAN, 1999 apud QUINET, 2000).[9]
Através da idéia hegeliana de reconhecimento introduziu um terceiro termo ao qual deu o nome de demanda que é a transcrição do desejo no plano da linguagem. A demanda é endereçada a outrem e, aparentemente, incide sobre um objeto, que neste caso é uma demanda do aluno em relação ao professor. Porém, esse objeto é inessencial, visto que toda demanda é uma demanda de amor. Segundo Rubem Alves:
Quem não ama o que faz, dá pouco de si. Não se esforça. Bate cartão, cumpre o protocolo. O amor move gestos e intenções, em qualquer profissão. Mais ainda naquelas em que se lida diretamente com pessoas. Que são diferentes de livros, armários, números... Amor é vital, no trabalho, na vida, em tudo. Ao ver o rosto encantado e feliz da pequena aluna sob o olhar atento e carinhoso da professora, quem há de negar a importância do amor na educação. (ALVES, 1994)[10].
A partir dessas considerações pode-se entender que o teor da relação entre professor aluno deve estar além de simples elogios ou questões de auto-estima, acreditamos que deve haver um comprometimento por parte do professor em relação ao aluno para além da simples transmissão de conhecimento. Levando-se em consideração os pressupostos básicos da teoria de Vigotsky (1987) o professor não é mais aquele professor que se coloca como centro do processo, que “ensina” para que os alunos passivamente aprendam; tampouco é aquele organizador de propostas de aprendizagem que os alunos deverão desenvolver sem que ele tenha que intervir. Ele é o agente mediador deste processo, propondo desafios aos seus alunos e ajudando-os a resolvê-los.

V.                ConclusÃo
Através deste projeto, foi possível perceber alguns dos fatores que envolvem a dificuldade de aprendizagem.  Dentre eles estão aspectos sócio-culturais, conflitos na família, sistemas pedagógicos, déficits intelectuais, entre outros. Porém, nenhum deles é capaz de abarcar toda problemática do fracasso escolar. Quanto ao título escolhido para este artigo “Fracasso escolar: um novo sintoma?” acredita-se que a resposta é que este não é um novo sintoma e sim uma forma dos alunos dizerem que há um mal estar na escola, que algo não vai bem.
Pode-se supor que atitudes de desatenção, de inquietação e de desmotivação, que são diagnosticadas na escola ocorrem porque o que se fala na escola, através do professor, não é articulado com o que ele, aluno, conhece. É apenas um dado a mais para armazenar. Então, acontece a resistência ao aprender algo que não tem significado. Pois, segundo Vigotsky, o sujeito do conhecimento não é apenas passivo, regulado por forças externas que o vão moldando; não é somente ativo, regulado por forças internas; ele é interativo.
E, diante da necessidade de aprender, há a dificuldade de aprender, que vem associada a sentimentos fortes de incapacidade, sensações de angústia e baixa auto estima. Não pode ser descartado também o desejo de não aprender. Desejo inconsciente, mas que traz consigo sentimentos de medo e vergonha de crescer, de desenvolver-se, de amadurecer, de enfrentar um mundo tão dinâmico e exigente. Nesse sentido é extremamente importante a diferenciação entre “necessidade” e “desejo”, visto que a primeira é transitória e o desejo é da ordem do irredutível.
Resta saber: de que forma despertar o desejo pelo saber? Lacan em sua leitura, do livro “O Banquete”[11] de Platão tece considerações sobre o amor, outro nome para a transferência que deve estar presente nas relações professor-aluno. Ou seja, é de suma importância que o conceito de transferência seja apreendido pela educação, sobretudo para que educadores pensem nos limites e possibilidades de sua atuação.  Essa pode não ser a resposta para a questão acima, mas talvez uma possibilidade de reflexão a cerca da prática docente.
As palavras de Lacan, no Seminário 8[12], expressam contundentemente o que é a experiência analítica: “[...] O que lhe falta, ele [o analisante] vai aprender amando”. Talvez possamos generalizar as palavras de Lacan à educação: somente através do amor podemos aprender professores e alunos, o que nos falta.

VI.             Referencias Bibliográficas
ALVES, R. A alegria de ensinar. São Paulo: Ars Poética, 1994.
FREUD, S. Algumas reflexões sobre a psicologia do escolar. (1914). In: ______. Obras Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1976. 13 v.
______. O mal estar na civilização. (1930). In: ______.  Obras Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1976. 21 v.
LACAN, J. O seminário livro 8: A transferência. (1960/61). Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
MRECH, L.M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. Disponível em: <http://www.regra.com.br/educação>. Acesso em 12/06/2006.
QUINET, A. A Descoberta do inconsciente: do desejo ao sintoma. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.
SOUZA, R. T. Mal estar en la  escuela: una lectura psicoanálitica. II Congresso de Convergência – Rio 2004. Variantes do tratamento padrão/qual a direção da análise no movimento lacaniano? Disponível em <http://www.congressodeconvergencia.com/trabalhos20preliminares_esp.htm>.Acesso em 25/04/2007.
VIGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1987.





* Aluna do 5º Ano do curso de Psicologia da UNIGRAN. E-mail: danielebaggio@yahoo.com.br
* Graduada em Administração de Empresas, aluna do 5º Ano do curso de Psicologia da UNIGRAN e aluna do curso de Pós-graduação em Metodologia do Ensino Superior. E-mail: luciana@skoldourados.com.br
[1] Desde 2001 o núcleo de Psicologia atende as necessidades acadêmicas dos perfis de formação profissional oferecidos, articuladas nas várias disciplinas do currículo. Os serviços oferecidos acabam instituindo-se como um campo privilegiado de integração das atividades dos estagiários de ensino, pesquisa e prestação de serviços.
[2] Neste texto Freud analisa o confronto existente entre a busca da felicidade e a subjugação desta à viabilização das estruturas sociais.
[3] Artigo extraído do livro Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação,organizado por  Tizuko Morchida Kishimoto (Cortez Editora). Publicado na internet, disponível em: <http://www.regra.com.br/educação>. 
[4] Freud, em seu texto “Algumas reflexões sobre a psicologia do escolar” (1914), levanta a questão sobre a importância da relação professor-aluno, questionando se o que exerce maior influência para o aluno é o conteúdo estudado ou a personalidade do professor.
[5] Trecho extraído do texto Mal estar na escola: uma leitura psicanalítica, de Rafaelle Teixeira de Souza.
[6] O Outro, grafado em maiúscula, foi adotado para mostrar que a relação entre o sujeito e o grande Outro é diferente da relação com o outro recíproco e simétrico ao eu imaginário. O outro é o grande Outro da linguagem, é o outro do discurso universal, de tudo o que foi dito, na medida em que é pensável. É também o Outro da verdade, esse Outro que é um terceiro em relação a todo diálogo, porque no diálogo de um com outro sempre está o que funciona como referência tanto do acordo quanto do desacordo; o Outro do pacto quanto o Outro da controvérsia.
[7] A castração é a representação intolerável para o sujeito neurótico, é a marca da falta, da incompletude inerente ao sujeito neurótico; é o que está nele recalcado.
[8] Neste livro, Antonio Quinet revê o caminho percorrido por Freud e Lacan na descoberta do inconsciente partindo de Descartes. Visto que a definição de Sujeito feita por Descartes possibilitou o surgimento da psicanálise e também serviu de base para a ciência moderna.
[9] Desejo para Freud: movimento do aparelho psíquico para a percepção do agradável e do desagradável.
Desejo para Lacan: ímpeto visando preencher a falha aberta pela falta-a-ser
[10] A alegria de ensinar, Editora Ars Poética (SP). O autor é psicanalista, educador e poeta. Membro da Academia Campinense de Letras, professor-emérito da Unicamp e cidadão-honorário de Campinas, onde recebeu a medalha Carlos Gomes de contribuição à cultura.
[11] Platão em O Banquete, best-seller grego propõe, nos diversos discursos das personagens, conceitos vários sobre o Amor - Eros é o intermediário escritor entre o humano autor e o divino.
[12] Neste livro Lacan discorre sobre a transferência e o seu manejo.

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